Noutras ocasiões, manipulam os corpos, seu e alheios, e jogam dados nos tabuleiros deste universo, quais campeões de times imaginários. Abraçam a si próprios e congratulam vitórias fantasiosas de sorrisos abstratos, seres doutras visões. Ah! Quantas bocas eles ainda beijarão antes de serem beijados?!. A tantas flores que, por certo, aspirarão novos perfumes, tais pássaros que cantam o silêncio e adormecem felizes rumo ao desconhecido. Olhos que nada veem do dia seguinte. Valorosos guerreiros da doce felicidade.
Nisso, saem às ruas à busca de renovar o repertório das cantigas e guardar a sensação dos desejos no íntimo do coração. Nem de longe avaliam haver nalgum lugar do Paraíso grandes painéis que a tudo controlam e determinam esse ritmo do fluir das gerações. Bom assim, porquanto nos dias sem conta os pássaros cantam e as pessoas regressam aos leitos nos braços dos sonhos. E um rio de água pura, lá um dia, passeará na perfeição das almas, enquanto palavras voarão livres ao sol das manhãs. Ninguém estará sozinho no Infinito, na face do amor que limpa a vontade e desvenda cicatrizes deixadas nas consciências despertas.
(Ilustração: Pancetti).
E por que não? Bocas que beijam, braços que abraçam fazem parte do sentir é afeto do animal homem. Natural, normal. Estranho é não sentir desejos, vontades de beijar, abraçar. É inerente ao ser humano sentir-se atraído por algo ou alguém. Agora o que é importante é aprender a conter estes desejos tão comuns ao ser humano. Para isso existe o bom senso e o autocontrole.
ResponderExcluirQue texto rico! Hoje reli com mais calma e pude ver a profundidade e riqueza deste deste texto.De fato as pessoas sabem da existência dos seus sentimentos mas sabem também a distância entre sentir um desejo e realizá-lo. Passam a viver de sonhos, fazendo assim mais alegres os seus dias e sua vida. Linda foto.
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