Nessa hora, contudo, sentiu fraquejarem as forças, e viu-se rendido, dominado de pranto convulso. Daqueles despreparados, que exercitavam instintos vingativos, outra atitude jamais esperaria além de jogarem pedras para ferir corpos e eliminarem existências físicas. De quem jogava a flor, porém, que, então, demonstrou conhecer algo mais a propósito dos ensinos e das práticas fiéis, aguardava mais sinceridade, no mínimo saindo em defesa dos ideais superiores. Negara, fraquejara, no momento extremo do testemunho.
Às vezes, sentimentos de nostalgia sujeitam atingir pessoas que sentem a força da autenticidade, ainda que distingam o tanto que lhes resta de chegar às relíquias sagradas, assunto dos religiosos.
Existem situações em que discípulos deixam de lado a prática do Amor para aceitar fugas de prazeres, esportes, vícios e acomodação. Nisso, esquecem a coerência e os pressupostos que adotariam em nome de Deus, demonstração do abandono e da pouca sinceridade interior que deixam transparecer.
Aquele que jogou a flor no instante no martírio do árabe lapidado, mesmo que pretendesse cumprir, no gesto, solidariedade e reconhecimento na hora extrema do testemunho, permaneceu vinculado às sombras da covardia, sabedor dos conceitos, no entanto sem praticá-los de verdade.
Não poucos agem de qual jeito, motivo, inclusive, da parábola do festim de bodas contada por Jesus, dos muitos chamados e poucos os escolhidos. Chamados às hostes do Bem todos somos. Raros, talvez raríssimos, exercitam a feliz oportunidade, razão das dores de saber o quanto adiante ainda sofrerão presos às malhas pegajosas dos transes imediatos.
Invés de jogar flores nas homenagens tardias, caberá, isto sim, cultivá-las no íntimo coração e exalar o justo perfume através dos campos do dever superior.
Ah, sabe o que eu gostaria de fazer...jogar flores, flores, flores muitas em você, em casa, na rua , em todos os lugares por onde vc pisasse. Flores delicadas e perfumadas como você... sonhos, apenas sonhos...
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