Nesse passo, há sensações de pouca ou nenhuma autoridade conduz os negócios do Império, com tropas lançadas a tudo quanto é canto, batendo-se contra inimigos inexistentes, ou criados na ficção de filmes à moda mecânica.
Nas ruas, pessoas movimentam, daqui para ali, fardos industriais em troca de chãos. Despertam faceiras e realizam as tarefas de viver dos ontens por absoluta espontaneidade, livres das maiores cogitações de consciência, esgotados outros veículos individuais nos sonhos da plenitude de voltar a crescer novamente.
Crianças pedem brinquedos. Namorados, família, casa, comida. Jovens, alegria, invenção do místico, vozes e sons das muralhas intransponíveis, em meio ao toque burocrático da velha televisão e seus programas de fim de tarde amargurosos e, por isso, atraentes no sensacionalismo diário das doses de sacrifício impostas no cardápio.
Noventa por cento dos produtos mandados lá fora refletem o quadro da lamúria dos guetos, populações andrajosas e pasmas com a lama até o pescoço, a escorrer no céu aberto, no leito das salas-de-jantar e banheiros, antes e depois das campanhas políticas milionárias.
Grandes farras de realimentação do sistema nutrem, pois, missões ingratas de preservar o patrimônio colonial das economias emergentes. A quem reclamar não existe nos códigos estabelecidos.
Dormir feliz e acordar disposto, restam a eles as funções modernosas costumeiras, portanto. Repousar, bois do bagaço, ao estio das tamarineiras frondosas; e pronto.
(Foto: Jackson Bola Bantim).
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