A limitação dos supérfluos em atender aos sonhos, porém, fere de dor a face permanente do diálogo entre povos e marcas industriais, sim, o quanto de vontade pouca só determina que acontecimentos aconteçam independentes de nós próprios, nesse filme do vazio de ruas angustiosas e cidades empacotadas, zoadentas, pecaminosas.
O ente pensante troca de passos, de pneus e peças, olhos cinza de zinco fosco, personagem do religioso poema das esferas eternas. Espécie de motor das horas, alimentado de nutrientes químicos, percorre cinemas e travessas de mercados, fixo no depois, esquecido de antes e longe do presente. Machuca a alma de pouco caso, astuto senhor dos castelos inexistentes. Bloco de carne quente, segue trocando partes da carcaça face aos novos lançamentos trazidos nos navios de nuvens.
Modelo raro de possibilidades científicas e filosóficas, apenas acredita no girar das moendas que lubrifica às horas das refeições silenciosas, regadas a aditivos de origem imaginária. Dança nos parques das multidões embriagadas, grita em noites de núpcias, voa nas madrugadas de altas velocidades, percorre o trilho brilhante das caminhadas difíceis...
Homens de coragem, reunidos, eles significam agentes de missões superiores reunidos na praça principal da transformação à medida que invadam o Inconsciente desconhecido, na espera de longo curso que alimenta a história.
(Foto: Jackson Bola Bantim).
Nenhum comentário:
Postar um comentário