segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Ano novo, seus presságios e outras considerações


Ao que parece, o mundo ficou pequeno para tantas modificações de perspectivas em tão pouco tempo. Em um único período anual, 2020, houve acontecimentos que valeram pelos milênios anteriores, isto sem a menor previsão que fosse acontecer. Então, agora, véspera de novo ano, eis que nos deparamos com indefinições de vários âmbitos, desde o aspecto sanitário, sob a ameaça de um vírus desconhecido da Ciência, até transformações radicais nas relações de trabalho e mudanças diplomáticas que remontam a Guerra Fria, numa reedição tardia dos dois blocos de poder, o Comunista e o Conservador capitalista, entranhado em todas as nações, mundo afora, gestos de ganância pelo comando e alterações radicais das formas de conduzir a distribuição da riqueza, sem esquecer a formação de bolsões de exclusividade e corrupção espalhados em todos os escalões e classes sociais.

Diante, pois, desse quadro indefinido em termos absolutos, inexistem barreiras às contradições do que nos espera daqui à frente; isso acrescentado desde quedas radicais da atividade econômica, face às restrições de circulação de pessoas impostas pelo isolamento social da pandemia, gerando prejuízos incalculáveis de países antes ditos autossuficientes. Face ao tanto de movimento em ação, tornam-se por demais impossíveis previsões claras do que virá a ser o próximo ano, conquanto alterações na balança do poder econômico isto resultarão inevitáveis e profundas.

Doutro lado, no que tange ao Brasil, este de certeza merecerá a atenção exclusiva das outras nações, vista a sua importância de maior área agricultável do Planeta, já a abastecer um quinto da humanidade mundial através da agroindústria e do agronegócio, ocasionando assédio político das principais potências, em consequência aumentando a voltagem das disputas internas pela hegemonia dos poderes. Olhos de todas os povos tendem a reconhecer o patrimônio natural brasileiro, o que o novo ano evidenciará, sem sombra de dúvidas. 

No cenário político entre as nações, países ditos ricos defrontar-se-ão no domínio dos mercadores consumidores, enquanto a Europa refletirá mais de perto os riscos da geopolítica emergente, vista sua proximidade com os países árabes, de longe populosos e subdesenvolvidos; o continente africano, também vítima das superpotências na exploração das riquezas no decorrer da civilização; e a explosão populacional chinesa, que atinge os limites de sua capacidade produtiva e dependerá, daqui adiante, do que produzirem outras nações, sobretudo em termos de alimentos.

Portanto, viveremos fase de indefinições jamais imaginadas, carecendo, como nunca, de grandes líderes que visualizem meios administrativos coletivos de superar as contradições impostas pelo que chegaram os seres humanos neste momento da História.


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