Um pouco de sonhos, saudades distantes, paz, a leveza dos melhores momentos. Qual quando chega o querer de só acalmar os pensamentos e deixar o movimento ganhar corpo em sua real dimensão. Satisfazer as normas dos destinos. Palmilhar os campos livres da consciência. Fluir. Astros no céu, silêncio na memória. Bem isto de pousar os galhos doutras sustentações.
Vezes tantas, houve uma pressa de encontrar o que havia
sempre. Isso que circunscreve as ocorrências originais e de que pouco, ou quase
nada, o senso comum aceita e de que busca respostas diferentes do que seja, e
insiste criar outros viveres ausentes de um mínimo da Verdade. Conquanto por
mais seja feito, a realidade conterá todos os ingredientes necessários a ser,
independente de cogitações, fatores externos e arrogância além da simplicidade
jacente.
Enquanto isto, dentro desta pura presença, ali persistirá o
instante e suas atribuições definitivas, longe, remotas, do tanto que significa
a percepção de tudo quanto existe e existirá para sempre. Nisso a urgência dos
valores da espiritualidade, do conteúdo de tudo, que perpassa trilhos internos,
desde que deixemos de lado a fome desnecessária de impor novos meios e novas
criações. Apenas se render ao correr da pena, aceitar o poder do Destino em um
mundo inexplorado e pulsante.
Só aos poucos vêm os sons da natureza em volta, pássaros, o
vento, as cores, a luz do Sol, o alimento, a paciência, os sentidos de
tranquilidade harmonizados pela sequência dos acontecimentos. Avaliações de
outras concretudes, novas atitudes, positividade e fé. Uma gravação de belas
flores, amores, leveza; as palavras que oferecem meios inúmeros de vivenciar e
crescer, domar o instinto de ansiedade, desejos vários, angústias. O esplendor
de novos céus, nova terra. Esse valor maior, sem par, de reconstruir o Universo
que nasce da plenitude que habita o Ser perene que já o somos agora.
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