sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O abismo da Eternidade


Lá de onde se ouve o som cavo da inexistência de tudo isto que ora vemos aqui de perto. Uma barreira de raios invisíveis que percorre o céu das almas. Ali de quando o vazio demonstra um resumo de todos os dramas da ilusão. A mata virgem do futuro hoje aos nossos pés. Quem, de consciência plena, traz consigo a resposta do quanto haverá depois no silêncio? Apenas isso, o eco distante dos trovões da Eternidade.

Bem esse tanto que caracteriza as vidas vagando pelo oceano das horas, puro sentido de tudo quanto existe aos nossos olhos. Pouco ou nada importa,  as opiniões contrárias que insistem na ausência qual solução, resposta vaga às perguntas feitas aos céus. Conquanto tais considerações habitem nos seres, a firmeza de continuar permanece presa à crosta do Universo, enigma que fala (grita) no nosso coração em todo momento.

O próprio ritmo das ondas desse mar movimenta o que nos parece pertencer e a que nós nem de longe pertencemos, e repete a melodia dos objetivos constantes de querer ser eternos. Menos prudentes que sejam, porém, que sejam os aventureiros do Destino, logo adiante a se deparar com o abismo das horas. Átomos em decomposição na matéria. São tragados pelas marés do esquecimento e mergulham nas mesmas ânsias sempre incontidas.

É isto de falar que haverá portas a serem abertas em si. Música encantadora dos festivais de antigamente, ouvimos na essência o motivo de andar nessa trilha de tantos mártires e mistérios. Ao parar e silenciar o pensamento, restam apenas a dúvida que domina o instinto de sobrevivência. Nem de distância restam as justificativas antes aparentes do que fazer das madrugadas insones que nos invadiam ao menor desejo de avaliar a razão de estar neste chão, ou nada não.

Nos séculos de todas as palavras, uma voz que sussurra aos nossos ouvidos os novos penhores de fé e as certezas ainda em formação na consciência da gente. Fôssemos afirmar de tudo o que esperamos das notas musicais e das novas manhãs ensolaradas e admitiríamos viver mais vezes, a pretexto de sonhar e achar de tudo a imortalidade.

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