Nada se cria. Tudo se transforma. Antoine Lavoisier
Disso, duas consequências práticas vêm à tona, que nada
sendo permanente daí some a acomodação face aos estados negativos de espírito.
Isto é, desnecessário seguir embraçado nas antigas situações, por mais ingratas
ou felizes que significaram. Bom senso impõe tal norma de entendimento, deixa
as contingências ganharem seu caminho na medida do tempo que não estaciona (Não apresse o rio, ele corre sozinho).
Dessas conclusões vem o sentido de encarar a história no
ponto de vista do plantio que façamos. Há um propósito que os valores
representam. São tantos fatores ainda por nós desconhecidos que sabedoria exige
prudência perante todo acontecimento. Desde o que pensar, ao dizer, ao fazer,
somos parte de um universo indivisível, exato.
Conquanto submetidos a condições várias, também delas
fazemos parte na medida em que a consciência revela normas de seguir em frente
sob novas alternativas ao nosso dispor durante nossos passos. Em resumo, ninguém
pode inventar as existências, senão obedecer a um poder intransponível. Na
medida do tempo eis a coerência do absoluto em nossas mãos. Artífices da perfeição
plena, pouco a pouco construímos o mundo ideal que buscamos.
Padecer ou ter prazer representa, destarte, o resultado do
que plantamos em nós e entre os seres vivos. Sem ser alienado, ajustamos o
jeito de continuar e afinamos o instrumento de caminhar vida afora. Conter os
instintos perversos e formular atitudes de paz em si próprio, e com isto
vivemos a paz que aguardamos, pois.
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