São que nem peças de museus abandonados depois das guerras; elas viram sucatas de ponta de rua, largadas nas calçadas dos ferralheiros embriagados, ainda com o odor esquisito de fumo velho misturado a incenso das farras escurecidas, sombras das chuvas ao soluço do Verão. Isto que significa longas trajetórias das epopeias clássicas, heróis adormecidos e amarrados na popa dos barcos, a que nunca escutem o canto das sereias, restos de paixão e desengano.
Esses tais passageiros da agonia quando aqui descobrem, pois, que podem encantar-se nos mistérios gozosos, souvenires de antigas civilizações, saem conduzidos no bojo das naves interplanetárias. Bom saber quando descobrem o senso dessa imortalidade ainda durante o correr das luas; nisso, bem viver os acordos de paz e dormir sobre as vestes imundas de si póprios, lá longe dos temores e pesadelos. Mártires de lendas fantásticas alimentadas séculos para sempre, serão senhores de vida e morte, agora que encenam felizes diante da Eternidade. Nós, criaturas às vezes desumanas que passeiam pelas veredas da Sorte, os salvos que a isto esperam até o momento de regressar aos braços carinhosos da divina Consciência.
(Ilustração: Foto, Emerson Monteiro).
Seu texto, apesar de muito rico em parábolas, é difícil de comentar. É misto de fantasias e realidades. Um abraço.
ResponderExcluirRetorno texto e vejo a riqueza das suas frases e colocacoes “mártires de lendas fantasticas...senhores de vida e morte, agora que encenam que encenam felizes diante da Eternidade” . Uma parte, dentre tantas, que destaco neste texto. Cada vez mais rico em sinonimos, e metáforas. Não dá para ler apenas uma vez.🌺⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
ResponderExcluirUm carinhoso abraço ao amigo Emerson Monteiro.
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