Nesse lusco-fusco das inexistências em que sobrevive um turno, aparências em queda livre, no decorrer das situações de viver, de tal modo sequenciam o aprendizado que os levará à descoberta definitiva da razão de estar aqui. Foram (serão) frações de incontáveis sustos qual mostram na face diante dos instantes e logo ali somem de ninguém mais saber aonde desapareceram. Segundos em ação no instante das percepções, que só se desfazem no ar da imaginação impertinente.No entanto há que contar, saber das consciências que acendem e apagam o transcorrer das vivências. Enquanto formam conceitos, concepções e registros, seriam quem que anota o tempo e o espaço, meros fatores de composição em decomposição, do gesto ao inexistir. O tempo, que some; o espaço, que se desfaz à medida do tempo que fora; e a presença dos seres que reconhecem neles tais sinais, através de sensações e emoções, a formular pensamentos e sucumbir perante a própria sorte impossível de continuar e conhecer logo depois do que acontece.
Eles, nós, fenômenos naturais da humana consciência desta inconsciência, imagens das ilusões em desfalecimento, contudo persistem no querer das percepções, enquanto as ondas agitam o mar de mil histórias, detalhes e fragmentos dos átomos e das partículas desfeitas e refeitas à medida que buscam superar o desfalecimento continuado, sucessivo.
O furor intenso dos elementos, no panorama das horas, bem significa motivos originais das idas e vindas que preenchem as existências e nutrem de sabor original as circunstâncias e os prazeres da consciência na busca de dominar o fugidio, santificar a si e os segredos do Universo.
(Ilustração: Colagem, Emerson Monteiro).
Pois é, acontece, não é sempre mas acontece. Os fenómenos pensam e pensam grande. Quase sempre reservados, por ser fenómeno poderia ser um fim em si mesmo mas não é assim. Lusco-fusco? Talvez. Ou não, falta-lhe oportunidade para viver em total plenitude o que lhe inquieta. E assim segue entre idas e vindas, alternâncias de estágios de humor e de sentimentos, numa ciranda em busca de algo precioso que ficou pelo caminho mas que nem por isso menos importante na vida de quem está envolvido no furor dos acontecimentos.
ResponderExcluir. Belo texto. Despertei. Um carinhoso abraço ao amigo Emerson Monteiro.��
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Como viver sem ilusão, sem sonhos? Impossível. O ser humano necessita de sonhos para buscar, para correr atrás e não ficar parado no tempo achando que ali é o fim da caminhada. Não, não é, pode até parecer mas não é . O homem que não sonha, não desperta para as novas oportunidades, novas buscas, novos desafios. Precisa disso no aspecto material? Nem sempre . Mas as nossas buscas, sonhos e realizações nem sempre estão atrelados ao aspecto material, existe embutido é invisível, uma coisa intrica ao ser humano, a sensação de realização, de utilidade. E assim torna a vida mais significativa é gratificante. E é assim. Vida que segue. Um carinhoso abraço ao amigo Emerson Monteiro.🌷🍀
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