Velhos conceitos de vidas pessoais, isentos da integração com o divino poder da perenidade, somem quais bruma em dias claros. Longe dos laços da ilusão, de preocupações e interesses mesquinhos, o homem despertará em nível de consciência e concretude. Senhor dos seus antigos senhores, dominará os densos elementos de vidas e vidas pelos quais transcorreu, e em síntese do amor e paz sobreviverá ao fugidio da decomposição dos momentos.
Quando, pois, cessar o raciocínio, ali permanecerá o verdadeiro conhecimento. No apagar das luzes dos dias, nascerá o fulgor da imortalidade diante dos elementos de que compuseram o quadro de destinos sucessivos, das muitas vidas, em único princípio e consistente sustentabilidade.
São as horas e o tempo. Passadas todas as eras, a existência haverá de ser no infinito das horas sem fim. Apagados erros e dúvidas, o ser efetivo que presenciava esse seguimento impermanente dos erros e das ilusões só então definirá de vez a sorte dos seus dias, a que veio e aonde chegaria desde sempre. A máquina de pensar cumprirá de tal sorte o seu papel que os frutos da realidade existirão à luz do puro conhecimento em nós e por meio da luz.
Quais parceiros eternos da felicidade, frequentamos nas existências transitórias a escola da Existência definitiva. Buscadores nas florestas do ser, tornar-nos-emos a própria busca, isto já nos planos maiores do mistério.
(Ilustração: Hieronymus Bosch).
Bravo!!!! Exelente texto! Parabéns!
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