Foram tantos os vazios em que trocaste a iluminação pelas agruras que jamais haverias de justificar e aceitar correr de ti enquanto o tempo esperava nas dobras dos caminhos. Longas noites de tormentas e a surda empreitada de jogatinas e furores. Tu, somente tu, testemunhavas o Eterno e apreciavas as douradas correntes que te prendiam aos rochedos da escuridão, sob tuas saudades do futuro, a indicar o quando de verdade conduzias através dos destinos vidas afora.
Nisto apenas silenciosas as músicas falavam ao íntimo das virtudes, mas tu nunca pensavas ouvir a voz dos céus na vastidão dos continentes da alma. Razões outras e notas harmoniosas, todavia, que sumiam aos desleixos da tua compreensão, mantinha a promessa de liberdade que um dia receberás. Atiravas lá longe o desejo no sacrário das suaves inspirações. Então, até quando, certa feita as portas se abrirão de plano à beleza e certezas infinitas de paz, de força descomunal, que dominará o espectro que desistirá das amarguras e abraçará o Sol de fulgor inextinguível. Luz, compreensão, cordilheiras de bênçãos, sublimidade na beleza infinita das existências. Nos corredores da consciência agora desperta o ser renovado que todos somos, no milagre da plenitude...
Nenhum comentário:
Postar um comentário