A gente rezava, comia, dormia, acordava, transava, trabalhava, viajava, porém vivos adormecidos provisórios; lesmas dos rochedos da Eternidade; borboletas dos jardins abandonados; visagens de antigos castelos de sonhos de outras dimensões. Contudo submersos no desejo inexistente da imortalidade. Tudo corre, entretanto, pelo trilho estreito de quem vai primeiro e quem vai depois, tais filas incomunicáveis de seres indiferentes, uns pisando os outros, feitos cavalos selvagens. Importam nada as feridas, os desalentos. Embriagados no prazer, avançam inconscientes rumo do desaparecimento posterior no mistério.
Lá dentro, todavia, impera uma ordem original. Monges cautelosos suportam a ignorância dos seres cá de fora, sabendo, no entanto, que haverão de acertar as contas do que destruíram no afã de conhecer a liberdade que a Ciência lhes ofereceu de mãos abertas. Ninguém desconfie que escapara impune aos desmandos praticados. Só ter calma, e os acertos virão no momento aprazado. Porquanto o tribunal de si mesmo segue seu curso natural. Mais cedo, menos tarde, o anjo da balança comparecerá na cena trazendo o lenço que lhes enxugará as lágrimas diante da misericórdia do autor da Criação.
Elas, as ovelhas, regressão ao aprisco sob o princípio da necessidade que determina a existência viva nos corredores da alma, construção de antiguidade remota, antes de quando nem saber disso a gente avaliava um dia vier a conhecer na própria pele.
Salvei este texto para ler mais de uma vez e tentar assimilar a emsagem que está inserida em Mosteiro na Alma. Tantos ensinamentos que nos levam a reflexão mais profunda de tudo que nos cerca, A palavra é:: REFLEXÃO!!!
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