Nisso, enquanto apontamos o erro nos olhos dos outros, a trava encobre nossa autocrítica de rever os conceitos, trabalhar valores dignos e somar as partes do grande universo na expectativa de solução. Guardamos dons e talentos só na intenção da festa maior do dia da vitória, invés de agir hoje no patamar das próprias pernas, arautos da verdade e senhores da razão de agá.
A comunidade apresenta exata a nossa cara... Resulta dos bilhões que somos a humanidade espalhada entre solidão e guerras, rebanhos afeitos ao interesse particular e dos grupos exclusivos, largados nas vestes do egoísmo, infestados da ansiedade torpe do poder terreno. Abrir mão dos desejos individuais, nisto nem pensar.
Quando, pois, quisermos revidar os erros dos que nós mesmos pomos no poder, merece avaliar o quanto de responsabilidade precisa que assumamos e tratemos disso logo agora, na disposição de recriar as expectativas deixadas pelos fracassos e perdas. Homem algum é uma ilha, dissera John Donne, poeta inglês. Chega de omissão e fuga da realidade real, nos gestos e fraquezas. Se há que mudar o mundo, comecemos de nós mesmos, então. Unicamente desse jeito de mudar a nossa cara, veremos caras novas a seguir conosco nesta jornada infinita das estrelas.
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