Antes passáramos por Mar Grande, quando participamos do Primeiro Festival de Música da Ilha de Itaparica, naquela localidade. Dia seguinte logo cedo, pegamos a BR-101 e fomos a Vitória da Conquista, daí Brumado, subimos serra e pernoitamos em Livramento.
Mais um dia e nos dirigimos a Canabrava, em cima de um carro de boi, pois as estradas ainda nem circulavam de automóveis. Mais outro dia seguinte e começou a festa tradicional, razão da filmagem.
Lembro como sendo hoje aqueles momentos. Mais dois amigos de Boanerges, também músicos que com ele mantinham o pacto de sempre viram juntos e tocar na festa, acompanhavam a procissão que circulavam pela pequena localidade, secundada de fiéis procedentes doutras partes do Brasil, filhos e amigos afeiçoados ao santo, algo de devoção e romaria das alegorias divinas de coisas sagradas, espirituais.
Emoção sem tamanho tomou conta de mim no decorrer do trabalho, acrescida pela beleza natural daquele lugar inesquecível, próximo à Serra da Mangabeira, de que avistávamos ao longe a silhueta emoldurando o brilho daquela espécie rara de santuário, igrejinha perdida nos rincões dos mistérios da beleza e do sonho.
Resultaram em poucos minutos de filme, o que viria a montar, antes de regressar ao Cariri, passados sete anos ausentes. Dele nem guardaria cópia. No entanto tenho comigo a certeza de que Boanerges a mantém com o mesmo carinho que nos motivara a experiência.
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