Houvesse mais perguntas a respeito do firmamento e suas cores magistrais, e respostas mesmas nem um pouco qualquer haveria. E perguntar das consciências limpas de quem pudesse dormir em paz, sem carecer de angústias e tristezas no que diz respeito aos acertos e desacertos das transações cotidianas. Dormir à busca dos sinais reveladores nas aventuras do espírito a caminho da libertação, mas saber o quanto de prisões ainda retinham a fome da luz. Os vícios, hábitos e limitações. Desejos e vontades. A distância imensa entre o dois e o um que dói e alimenta o tempo de permanência neste mundo. Os comprometimentos sombrios e os comprometidos iluminados que conduzem o rebanho nas trilhas do depois. O funcionamento permanente da máquina da revelação, que tanto confunde e atormenta os gestos humanos durante largo período.
Entregues, pois, a si mesmos pela força da natureza original de se saber vivente, os artesões da fé organizam o palco de onde seguirão a novas estações, a deixar aqui só saudades e esperança, matérias primas da continuação em outras histórias. As dores cicatrizarão, os erros serão lavados da alma à medida dos arrependimentos. Ninguém permanece eternamente na ilusão, certeza certa e justa de controlar o desespero por vezes agressivo, nas horas do reconhecimento. Mágoas e remorsos um dia sumirão de tudo e haverá leveza nas circunstâncias em volta. Assim virá a solidariedade, a fraternidade, o amor verdadeiro, que tantos buscávamos nas responsabilidades que um dia receberam a cumprir, porém com fidelidade.
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