Das movimentações da natureza, desde a mais simples força da gravidade que sustenta seres e objetos neste chão arredondado, existe uma tendência a que se conclua pela existência do Poder Superior, autor da propulsão universal em tudo evidente. Essa necessidade imensa de esclarecimento das ações da realidade também dentro de nós, que fala, que grita, na exigência das circunstâncias. E grita e fala da sensibilidade dos elementos dentro da gente no desejo de afirmar a lógica de tudo existir e amanhã encontrar as respostas inevitáveis de acalmar o coração, pondo-nos a par da saudade e dos sonhos.
Querer construir edifícios eternos em cima de pequenos grãos de areia, eis a definição de todos nós, valentes soberanos da vontade. Dotados de razão nem sempre utilizada, tangemos o rebanho dos momentos nas quebradas dos séculos e vamos acesos nos interesses próprios. Olhos abertos aos sopros da luminosidade, abrimos espaços de sustentar projetos de amabilidade enquanto estes não ferirem os nossos caprichos e os interesses pessoais.
Montanhas de obstáculos à concretização desses valores esbarram, pois, na porta do interesse dos demais. Daí a criação de tantas justificativas e falhas e provas perdidas de justiça e verdade.
Por isso, da força dos acontecimentos que precisa de pouco dos habitantes da colmeia, dessa poderosa essência que transforma tempo em folhas ao vento, avaliamos a determinação dessa presença que recebe nomes diversos e explicam o domínio do Poder. Há um Deus único e precioso. Quais fagulhas de fogos imaginários, nós, labiosos que dormem sobre os estercos das jornadas anteriores, sobreviveremos ao caos provisoriamente, até aquele dia da verdade absoluta que há de se encarar mais cedo ou mais tarde. Assim, só adiamos o instante fatal em que nada equivale à limpeza das sujeitas na forma de depois, quando voltaremos reencarnados aqui, no sentido de inteirar, lá um dia, a missão do que viemos buscar neste lugar de tantas belezas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário