O ser humano nasce livre a fim de concretizar as próprias escolhas a qualquer instante. Objetos e outros animais, estes, sim, ficarão de rabo preso à essência de ser que forem concebidos desde o início. Já nascem assim quais sejam. Preestabelecidamente feitos com dita finalidade, jamais realizarão o poder de outras possibilidades que não a que recebem, de querer ser só o que no princípio vieram destinados.
Ao homem, no entanto, concede o mistério recebe a existência e fazer dela o que vier escolher, restrito apenas ao que os outros humanos permitam. Mas podem, a qualquer tempo, mudar o destino primeiro do ponto de vista moral, intelectual, social, existencial. Ninguém virá única e exclusivamente submetido a um papel exclusivo. Caberá definir a que propõe existir. Com essa particularidade ímpar, detém o dom de querer, dotado de espaço infinito naquilo que dispõe trabalhar em sua essência, do que fará de si no decorrer dos momentos sucessivos das vidas.
A dignidade, por exemplo, permeia essa tal oportunidade humana de elaborar o que quiser e fazer o que esteja consigo, matéria prima da história das criaturas racionais. Trabalhar e criar o caráter do ente soberano dos seus mesmos atos, eis o modo a que se destina. Ser livre, por isso, acompanhará todos os passos do indivíduo e as formulações do a que buscar. Nunca dizer que inexistiram as chances de descobrir nova essência a cada instante.
Conquanto haja dificuldades, bloqueios, normas, épocas e cenários, o ente humano, porém, far-se-á senhor da individualidade e estabelecerá meios de criar as condições fundamentais da história, tanto pessoais quanto das coletividades.
E o querer é este instrumento poderoso, ilimitado, ao nosso dispor, na intenção de fundar as metas dos novos objetivos ao longo da existência, hoje e para sempre.
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