Satori das religiões universais, rebanho pasta nos prados da Felicidade aos olhos de pastor silencioso, que observa em paz o clarear das consciências em calma. O momento envolverá as formas dos poemas nas vestes suaves da tarde harmoniosa. Alegria varre de vez o furor da violência, em seu lugar a lugar energia existirá no sempre inexistente. Cicatrizes das guerras desaparecem no vazio da bruma que sumira ao calor do Sol das carícias da Lua embevecida nos mesmos braços de beleza inevitável.
Duas crianças, pegadas nas mãos, assim adiantam os passos em equilíbrio na tênue linha do horizonte, risos inocentes de pureza absoluta; banhadas na chuva de amor, enxugadas ao vento real da imaginação, governam as circunstâncias antes impossíveis da possibilidade.
Depois de percorrer as gerações ao redor do globo, a noite adormece na alma das gentes, abre os olhos e assiste o presente definitivo das horas que nunca passavam, reunião total das identidades em perene felicidade. As ilusões eram sinais da realidade que agora de azul vira vermelho e de vermelho em azul, perante o Eterno Pai.
Pressa e calma, fieis da balança na sintonia dos instrumentos, tocam a melodia divina do verso no silencio que afastara lá longe as águas turvas do mar da História. Adeus em bênção, tristeza na concórdia. Atitude definitiva dos elementos em completude. Segundos em primeiro. Milhares num só. Pronto. Um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário