São tantos os registros, que a história conhecida desta Terra significa mero banho de sangue irmão, numa perene tragédia selvagem. Nenhuma página da epopeia desse chão ficaria, até hoje, só nos momentos de paz e harmonia entre seus habitantes. A rapinagem do poder temporal destrói, inferniza as famílias e reverte o progresso da civilização. Sejam capital e trabalho; sejam domínios de mercados; sejam lutas territoriais pelas terras e riquezas naturais; o resumo demonstra a impureza das dores acumuladas nos compêndios.
Desde Caim o homem utiliza da violência querendo impor aos demais contradições das feras. Ainda vítima das limitações dessa condição humana, usa a energia no desespero de comandar as imposições do orgulho e das fraquezas morais, utilizado os meios de que dispõe para excitar o lobo dentro de si contra os próprios iguais, e mede forças nas questões políticas, sociais, ocasionando as guerras, combates perdidos de paixões e mágoas.
Sabe-se, no entanto, do empenho dos santos e sábios em pensar diferente disso. Bem ao lado da sangueira, acontecem conferências de paz, exercícios da diplomacia, amores e sonhos idealistas. Porém a balança insiste pender ao negror das derrotas nos pós-guerras constantes. Reorganizar os bens produção, amparar órfãos, viúvas, inválidos, e seguir a enfieira dos desvarios qual sem nada aprender em termos de visão consciente parece mostrar a face do monstro das espécies.
A interpretação necessária de tais ensinos exige maturidade, não apenas dos principais. Todo ser, do menorzinho ao maior, possui responsabilidade em relação aos resultados coletivos. Há um preço a pagar ou a receber, dependendo das nossas atitudes diárias, nossas intenções. O todo é a soma das partes. Ou qual diz a ciência da Gestalt, o todo é maior do que a soma das partes. E lembro Gandhi ao afirmar: Um vibrando para o bem vale mais do que milhões vibrando em sentido contrário. Realizemos o sonho bom de construir o mundo novo em que tanto imaginamos.
Gerações esquecem as lições. O que antes representara desgosto passaria a ser aventura de conquistas. Pouco, quase nada, mudou em termos de aplicabilidade daquilo vivido nas outras eras. Vale viver o sonho da Paz.
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