A libertação dos escravos nos Estados Unidos custou uma guerra civil, a Guerra da Secessão, entre sulistas e nortistas, que durou quatro anos e ceifou em tornou de 600 mil vidas, mediante mobilização aproximada de dois milhões e 500 mil soldados.
O principal líder das ações políticas daqueles episódios chamava-se Abraham Lincoln, nascido a 12 de fevereiro de 1809, no Condado de Hardin, Estado de Kentucky, considerado até hoje o mais eminente de todos os chefes da democracia americana.
Homem simples, de origem na zona rural e afeito aos trabalhos rudes do campo, destacou-se pelo seu espírito votado às causas humanitárias, pronto aos maiores sacrifícios em favor da população negra submetida a trabalhos forçados, sem direitos à própria individualidade.
Próximo de vencer as derradeiras batalhas que levariam ao fim da trágica conflagração, segundo o jornalista Ward Hill Lamon, testemunha principal desse acontecido, Lincoln narrou um sonho que tivera dez dias antes.
Via-se o presidente a percorrer o andar inferior da Casa Branca e escutava choros convulsos de muitas pessoas, dos quais não sabia a causa e saia procurando identificar. Multidão invisível soluçava em lamentos dolorosos.
De cômodo em cômodo, ele seguia buscando a causa do fenômeno que se avolumava, sem, no entanto, avistar vivalma. As emoções descritas correspondiam a um misto de confusão, alarme e interrogação.
Ao entrar na Sala Oriente da residência oficial, deparou-se com estrado alto de câmara mortuária em que avistava um esquife guardado por vários cadetes perfilados, e larga multidão aflita.
Nesse momento, dirigiu-se a um dos soldados e perguntou-lhe quem havia morrido na Casa Branca.
- O Presidente! – respondia o jovem militar com lágrimas nos olhos. – Ele foi assassinado.
No mesmo instante, proveniente da multidão em volta, cresciam os gemidos lastimosos, levando-o a despertar e não mais dormir naquela noite, permanecendo dias e dias com sintomas de indisposição física. Para limpar ditas sensações, ainda folheara a Bíblia Sagrada e os trechos do livro em que abria todos falavam de sonhos, aumentando-lhe a presença das imagens que vislumbrara.
Na hora em que narrava o sonho, também se achava na sala a sra. Lincoln, que externara o pouco valor em que considerava os sonhos.
Dias após o sucedido, numa das galerias do Teatro Ford, a 14 de abril de 1865, dar-se-ia o infausto desaparecimento de Abraham Lincoln, vítima do traiçoeiro disparo de arma de fogo, à queima-roupa, feito pelo ator John Wilkes Tooth.
Ali se confirmava, de modo dramático, esse sonho de quem cumpriu a missão hercúleo de reverter o destino de 3 milhões de pessoas escravas.
Essa ocorrência vem relacionada no livro Sessões Espíritas na Casa Branca, de Nettie Colburn Maynard, Casa Editora O Clarim, Matão SP, 2a. edição, agosto de 1981.
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