Que uma pata jogue a ninhada na direção de um lago cheio d’água e permaneça indiferente às consequências do ato materno aparentemente precipitado, seres humanos ao largar filhos frente à frente dos impactos da sociedade em movimento com isso trabalha de maneira suspeita, irresponsável, porquanto a raça assim não responderá à altura o tanto suficiente que exige o encontro do desconhecido e da imaturidade da consciência virgem, isso que pede, no mínimo, sete ou mais longos anos de orientação até poder justificar adequação ao mundo desconhecido e hostil.
Hoje, tecnologias, guerras, drogas, ameaças químicas destrutivas do cérebro e da criatividade, reclamam habilidades pouco exercitadas, deixadas de lado pela maioria dos pais no trato dos filhos, nesta fase da história humana. Do mesmo jeito que o acaso inexiste no cômputo das ciências naturais, refreado pelo conceito da necessidade, a fim de que ocorram as determinações do sistema universal, esperar sabedoria de crianças significa entregar à extinção a educação e o direito à vida justa dos filhos, quando seus orientadores apenas os abandonam no trilho dos acontecimentos e se voltam aos prazeres da carne, joguetes da vaidade, fugitivos dos resultados das próprias práticas.
Esse modo de tocar as famílias denota ignorância dos resultados que há de vir. Largados aos afazeres da sobrevivência e aos jogos do imediatismo, habitam cavernas escuras, escravos sobretudo no território ilusório quais construíram no altar da inconsciência.
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