Portanto, Consciência é âmago e pouso definitivo da existência do Ser, cujo itinerário preenche vidas e esforços de esclarecimento, razão última da história na Civilização.
Qual cristal da Perfeição absoluta, o Ser pule a si mesmo no trânsito das eras, no exercício de revelar a essência do mais perfeito que traz consigo e lhe contém a fina essência, espécie de semente do Ser, exercício que ocorre diante dos desafios e procuras da aventura humana no tempo e no espaço.
Com isto, revela a personalidade verdadeira e eterna de Si, obtendo nisso a purificação do Ser através da integração à unidade infinita do todo universal, a quem oferecerá a individualidade qual numa atitude plena do Amor cósmico. Todos em um Ser único e indivisível se completarão, o que demonstrará, num gesto de entrega ao Cosmos, o sentido da Ordem Natural dos acontecimentos eternos.
A Consciência é, pois, o Ser em Si, a realização do Ser perene e das ocorrências quais instrumentos da Existência consciente. Começo e fim de tudo quanto há e configuração autêntica dos elementos por meio do Conhecimento, mergulho na percepção da dualidade no processo dialético de integração da individualidade ao Cosmo em Si mesmo. Sois deuses e não o sabeis, afirmara Jesus.
Eis, em poucas palavras, a interpretação da Teoria do Conhecimento adotada pelo Existencialismo, do em-si e para-si, que nos objetos o em-si já é a essência destes, quando no ser homem o para-si o levará ao em-si por opção pessoal, no parto da própria essência, porquanto nele a liberdade precede a essência ainda a ser refinada por meio da Existência, só assim obterá a consciência de-si, diferentemente das coisas que a essa plenitude nunca chegarão. O mundo é um efeito realizado; o homem, um mundo em realização.
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