sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A leveza das flores

Quais borboletas ou pássaros pousados ao meio do verde das matas lá estão as flores, belas flores, sinais de beleza da paisagem às vezes cinza, espalhadas a mexer no tom das cores ao ritmo dos horizontes da vista. Elas demonstram essa existência de um poeta no comando da elaboração das peças mágicas das horas da Criação que dormia na imaginação do tempo ao Sol. Pequenas ou grandes, silenciosas, perfumadas, neutras, de tudo quanto é cor, as manifestações do vegetal fala mais alto ao coração das pessoas que viajam à procura de conforto, nas dimensões do mistério desta vida. Tais palavras jogadas no texto, as flores significam pensamentos e sentimentos da natureza que dizem e repetem velhas lições e detalhes valiosos de respeitar o quadro universal de tudo, no entanto nem sempre assim compreendidas. 


Elas viajam no vento em pétalas de fertilidade, dizendo da manutenção da vida, deslizam em pequenos cataventos que vagam no ar pelas nuvens... Há um senso de dever cumprido nas flores, protagonistas da beleza lançadas nas sementes, uma paz de coração tranquilo que dorme feito luz nas mínimas ações do movimento. A calma que nasce do direito de dormir em paz, que envolvem de cores esparramadas ao bel-prazer as horas, que também tocam aqueles que andam nas calçadas do infinito à busca de repousar peitos doloridos, nessas mínimas histórias vivas a demorar pouco ou quase nada entre os instrumentos que fogem do seu domínio. 

Encontrar, por isso, nos mimos dos tons de cor das flores indica leveza no exercício dos compromissos deste chão. Olhar o espelho da visão através dos elementos que nos cercam e falam alto ao interior das pessoas, transmitem estados de alma a quantos observam com carinho o jeito de revelar dos segredos que tem o Criador por certo ciente da oportunidade que oferece aos passantes que começaram a abrir os olhos do dia no seio das presenças doces que já iluminam o dia. 

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