sexta-feira, 23 de novembro de 2018

As razões de ser assim

Resultados disso que sustenta estar aqui diante de existir, motivos incessantes desse relógio de andar nos trilhos da inexistência na matéria logo ali defronte, sentido único de viver, quais razões de tudo isto, causas e consequências de envolver tantas cabeças no projeto preponderante dos humanos? E haja interrogações de fugas, insatisfações e justificativas... 

Alguns, senão muitos, querem andar em defesa da Lei. Apresentam teses mirabolantes e testemunham revelações que a própria história impõe. Puxam daqui, estiram dali, quais necessários e sapientes, na face deste abismo tenebroso das razões tais que preenchem o teto dos vestígios deixados pelo movimento. Mas qual, a que se destina o processo universal da criação enquanto só assistimos de olhos vidrados o desenrolar de cenas inevitáveis?

Largas respostas ofertadas pelos credos, filosofias, criatividades em forma de versos e prosa, discursos, sermões, livros em profusão, são setas, porquanto das respostas no favo de mel das virtudes e do sentimento escondido. Livres dos pensamentos sórdidos, seguem eles o trilho dos contentes nalgumas ocasiões. Aceitam o que lhes indicam as tiradas geniais e passam de geração a geração de mão em mão.

Foram, serão, muitos desses arautos do mistério a desvendar os códigos da ciência, técnicos de bem dizer, de bem querer. Superam as bibliotecas, os sucessos de bilheteria e alimentam sonhos e visões do Paraíso. No entanto quanto a quê, aonde morar em caráter definitivo? Sabedores dos mapas, onde persistirá o território dos céus? Luzes, luzes, luzes...

Querer ouvir o silêncio dos infinitos e da solidão, abrir as portas da liberdade e ser por demais quanto ouvir o grito suave das horas... Aceitar as condições impostas pela determinação do Ser. Rever heranças da Civilização e deixar transcender o burburinho das ilusões. Abandonar ao vazio o eco das atualidades durante o tropel dos animais. A entrega, o corredor das decisões individuais, vem dormir no seio da Paz dos tempos à luz das interrogações.

3 comentários:

  1. Querer ouvir o silêncio dos infinitos e da solidão, nada fácil. Liberdades limitadas, sonhos contidos, solidão administrada, porque ouvir o grito suave das condições e fatos que não temos controle não é fácil. Mas como você disse , aceitar as condições impostas pela determinações das circunstâncias. Questionamentos e dúvidas permanecem. Vida que segue. Um abraço Emerson Monteiro.

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  2. Sentindo falta dos seus textos, tenho um pedido: uma coluna diária... que bom seria... um abraço Emerson Monteiro. Parabéns.

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  3. Um suspiro profundo, ao reler este texto com mais calma e pensar mais na profundidade que o tema é forma de abordagem. Cada vez que paramos para analizar mais calmamente vemos a beleza e as tantas conclusões que podemos tirar do tema. Um abraço Emerson.

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