sexta-feira, 16 de março de 2018

Wando

Ali assim pelos idos de 2005, até 2011, 2012, fui convidado por Sebastião Falcão para desempenhar as funções de Diretor Administrativo do Jornal do Cariri, época em que também acumularia a revisão da publicação. Todo santo dia, exceto aos domingos, pois o jornal não circulava às segundas, eu saía de Crato aos finais de tarde e cumpria essa papel, isto durante sete meses e dois dias, que chovesse ou fizesse sol. A sede do órgão ficava nas imediações da Praça Almirante Alexandrino, no centro de Juazeiro do Norte, onde passou algum tempo.


Numa dessas ocasiões, trazido à redação pelo radialista José Carlos Barbosa, conheci o cantor e compositor Wando. E na ausência de um repórter plantonista, coube a mim entrevistá-lo, que estava no Cariri em mais um dos shows que aqui realizava. 

Alegre, espontâneo, educado, nisso levaríamos longo papo quanto a sua carreira artística, no que fomos escafrunchando a vida dele, considerado exímio cantor das paixões desenfreadas, dos delírios enamorados e trilha sonora de amantes fortuitos e desvairados. Bom, toquei na tecla do quanto desenvolvia da inspiração clandestina dessas músicas dos corações despedaçados. E ele, que incorporava a dramaticidade das suas produções em apresentações marcadas pelo furor uterino, por vezes a beirar histeria coletiva e receber no palco peças íntimas das fãs entusiasmadas, bem que admitiu dar de conta do compromisso desse tal naipe de composições. 

No entanto, logo depois, lembraria também possuir outras canções consideradas pela crítica música popular brasileira da melhor qualidade, dotadas de melodia e letra de beleza ímpar. Daí veio recordando uma a uma ditas e valiosas peças de cancioneiro mais refinado e eterno. 

Um tanto mais adiante, menos de uma década (2012), e Wando deixaria órfão seu público fiel. Destarte, dever de justo reconhecimento, face ao gosto dos que apreciam o lado clássico das composições que produziu, há de sempre se ouvir com prazer as páginas imortais que produziu, essas hoje enfeixadas no disco Wando MPB.

Um comentário:

  1. Você é luz, raio estrela de luar, manhã de sol, meu iaa meu ioô, vc é sim e nunca meu não, é quando tão louca me beija na boca me ama no chão..." músicas que marcaram época, quem viveu esta época não tem como esquecer. É um estilo considerado brega, mas quem não gosta. Tinha uma legião de fãs, e a sua morte deixou muitas fãs com saudades. Suas músicas sempre apaixonadas levava muita gente aos seus show. Deixou saudades...

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