Este mês de agosto veio diferente, frio e com largas correntes de vento a bem dizer quase revelações durante noites inteiras. Passa uma sinfonia pelas árvores e mergulha na dimensão que os sonhos aproveitam e existem. Horas e horas suaves. Madrugadas amenas. Sons distantes de cachorros impacientes. O ciciar incessante pelas folhas vira um sopro definitivo na escuridão de quem quer ouvir algo às vezes inaudível aos seres quietos. Escuto essa melodia e, de olhos fechados, mergulho pelas cavernas da alma, esquecendo o que sou (se é que sei), e aceito comungar dos ecos inesgotáveis dos mistérios dessas horas. Quantas histórias repousam ali no labirinto de si mesmo... Tantas falas guardadas que agora circulando nas encostas do pensamento... Sentimentos de lembranças que, às vezes, revivem antigos códigos gravados na carne seca da solidão, porém permito que tudo transcorra lá por dentro, longe da vontade de querer isso ou aquilo. Permitir espécie de liberdade que domina quando a gente se esquece de sustentar a fome da incompreensão e fica a contemplar os momentos indomáveis que soam livres na consciência. Gestos alheios fazem, pois, o trilho dessas horas insones; explicam as possibilidades em andamento nas escrituras e nos acenos mais puros. Nisto, as palavras brincam consigo e com quem escreve nessas paredes noturnas de seus desejos audazes a percorrer vidas inteiras. Na pauta do silêncio todas as indagações e todas repostas. Luzes que clareiam os corredores da realidade e avançam quais instrumentos deste Senhor de Tudo. Nem que fosse imaginável, há um tempo em ação na força da ventania que sopra sem cessar dentro do silêncio, na escrita da liberdade em forma dos motivos que vagam nessas horas distantes e descobrem que, soubéssemos ler esse verbo do vento, também tangeríamos as árvores e haveria de haver paz no coração de todos nós.
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Silêncio nas madrugadas
Este mês de agosto veio diferente, frio e com largas correntes de vento a bem dizer quase revelações durante noites inteiras. Passa uma sinfonia pelas árvores e mergulha na dimensão que os sonhos aproveitam e existem. Horas e horas suaves. Madrugadas amenas. Sons distantes de cachorros impacientes. O ciciar incessante pelas folhas vira um sopro definitivo na escuridão de quem quer ouvir algo às vezes inaudível aos seres quietos. Escuto essa melodia e, de olhos fechados, mergulho pelas cavernas da alma, esquecendo o que sou (se é que sei), e aceito comungar dos ecos inesgotáveis dos mistérios dessas horas. Quantas histórias repousam ali no labirinto de si mesmo... Tantas falas guardadas que agora circulando nas encostas do pensamento... Sentimentos de lembranças que, às vezes, revivem antigos códigos gravados na carne seca da solidão, porém permito que tudo transcorra lá por dentro, longe da vontade de querer isso ou aquilo. Permitir espécie de liberdade que domina quando a gente se esquece de sustentar a fome da incompreensão e fica a contemplar os momentos indomáveis que soam livres na consciência. Gestos alheios fazem, pois, o trilho dessas horas insones; explicam as possibilidades em andamento nas escrituras e nos acenos mais puros. Nisto, as palavras brincam consigo e com quem escreve nessas paredes noturnas de seus desejos audazes a percorrer vidas inteiras. Na pauta do silêncio todas as indagações e todas repostas. Luzes que clareiam os corredores da realidade e avançam quais instrumentos deste Senhor de Tudo. Nem que fosse imaginável, há um tempo em ação na força da ventania que sopra sem cessar dentro do silêncio, na escrita da liberdade em forma dos motivos que vagam nessas horas distantes e descobrem que, soubéssemos ler esse verbo do vento, também tangeríamos as árvores e haveria de haver paz no coração de todos nós.
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