Bom, até aqui era isto que vinha dizendo quando iniciei a escrever três dias passados. No entanto, um quanto frio nas palavras meramente técnicas de querer acrescentar algo ao que não pode ser acrescentado, querendo, igualmente, não ficar em silêncio nas barras desse tribunal de si mesmo que conduz o crivo das razões. Parar, envolver o tempo nessa luta de si para consigo, à cata de encontrar o elo entre os elementos em volta. Perguntar qual ação inevitável, e responder ao que de nada se conhece. Uma fome esquisita de viver diante as circunstâncias.
Enquanto isso tudo avança nos instantes sem qualquer acréscimo de compreensão. Só música e silêncio. Silêncio e música. Uma febre constante de movimento que não cessa, marcas dolorosas ou não, apenas o senso em forma de nada que se desmancha no ar. Páginas de um folhetim invisível tal as existências. Lá dentro das essências de tudo, porém, algo crepita feito fogo de larvas incandescentes do Eu, força viva de todas as presenças aonde possa haver o que quer que seja, desde o puro ar ao vazio das noites mais escuras. Um único centímetro cúbico de universo nunca persistirá sem uma vida que seja, sendo nós a consciência à busca de todas as respostas que vivem aqui dentro da gente.
(Ilustração: Uma noite no monte Calvo, de Ieronimus Bosch).
Lá dentro das essências de tudo, porém, algo crepita feito fogo de larvas incandescentes do Eu, força viva de todas as presenças aonde possa haver o que quer que seja, desde o puro ar ao vazio das noites mais escuras." Que beleza de texto! Parabéns !!!
ResponderExcluirSempre foi e será assim. O crescimento acontece através do conhecimento, às vezes dá dor, das experiências boas ou não tão boas permeiam a nossa existência e isto nos leva as descoberta de um universo desconhecido, nosso eu.🌷
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