As esfinges manifestam presenças nas várias civilizações, mito por demais consagrado durante os milênios. Uma figura composta por vários animais em um só corpo, indaga qual animal de manhã anda de quatro patas, à tarde, com apenas duas, e à noite, com três patas. A resposta, o ser humano, que, quando criança, engatinha; ao crescer anda com dois pés; e na ancietude com o apoio de uma bengala. Isto grosso modo, porém sem ainda conhecer a sua verdade essencial, o sentido da existência. O ser de dentro de si, o Eu essencial, o ente interior mais profundo, a consciência além da mente, de sensações, pensamentos e emoções.
Este ser verdadeiro, de pura essência, a luz da Paz, da
Consciência, vive latente em toda criatura humana, no entanto ainda submisso
aos pendores dos instintos, de um eu menor, a mente, o ego, longe do domínio da
quietude interna, soberana, ausente do Ser profundo que lhe habita as entranhas.
A isto todos aqui persistem nessa busca definitiva da sua real
finalidade, à cata da iluminação, superação do enigma fundamental que nos põe a
caminho da conquista da matéria, num estágio apenas provisório da evolução.
Tantos os nomes que resumem a aventura de todo humano e perpassam
os fenômenos naturais e as ânsias incontidas do mistério a ser interpretado e resolvido
pelo transcorrer das eras. Parceiros de si mesmos, negociam diante das
contingências a que se veem submetidos perante a condição de meros aprendizes de
um eterno Ser.
Filósofos, heróis, profetas, místicos, santos, vilões,
todos, sem qualquer exceção, arrastam a tal contingência de resolver a questão
fundamental do quanto existe e desvendar o segredo maior das existências. Nisso
a verdadeira identidade carece da luz do Conhecimento a clarear os passos que
conduzirão ao céu da Consciência, na tão sonhada paz de Deus.
(Ilustração: Esfinge de Gizé, Egito).
"Este ser verdadeiro, de pura essência, a luz da Paz, da Consciência, vive latente em toda criatura humana, no entanto ainda submisso aos pendores dos instintos, de um eu menor, a mente, o ego, longe do domínio da quietude interna, soberana, ausente do Ser profundo que lhe habita as entranhas."
ResponderExcluirDestaque para a bela foto.
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