Quanto aos diagnósticos dos estudiosos, leis determinantes regem o sistema social. Riqueza. Trabalho. Luta de classes. Domínio dos mais fortes sobre os menos aquinhoados da fortuna. Que a organização política seria solução do quanto de injustiça ou desequilíbrio existe por conta do domínio dessas maiorias que detém a força e acumulam bens.
Hoje, diante da ameaça à sobrevivência física dos habitantes da Terra, face o aparecimento de vírus letal que se espalha pelos continentes, agrava-se a crise da sociedade humana, sobremodo em países mais vulneráveis por serem de extrema riqueza ou de extrema pobreza. Vê-se retornar limitações aos direitos comuns até naqueles ditos hegemônicos. Aflição inesperada, o racismo retorna em níveis preocupantes, acompanhado de explosões dos grupos sob a bandeira de furiosa indignação, a desmascarar de vez o atraso dos povos.
Décadas de aparentes conquistas regressaram à estaca zero em lugares aparentemente organizados, bem situados em cenários globais. Quais varridos por vendaval de inconsciência crítica, os detentores do comando veem o quanto frágeis resultaram as instituições mantidas a peso de ouro pelo sistema econômico.
Numa espécie de guerra sem quartel, a massa humana sai às ruas na procura dos valores até então mantidos sob a ótica de administração pública de altos custos, transformada agora nos vilões a céu aberto, sem chances de provar o contrário. Eis fase da história que se assemelha aos idos da década de 60 do século passado, quando a juventude liderava luta insana de tudo ou nada, febris desertores dos paraísos artificiais da sociedade de consumo.
E depois de tudo ainda ser feliz neste globo tão pequeno.
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