Era uma vez, pois, apesar de querer contestar frontalmente a mestra daquele curso, era uma vez uma humanidade vivendo num mundo suspenso no ar dos universos, espécie de globo em movimento constante, inevitavelmente exato, perfeito e submisso a leis inderrogáveis, sofisticadas e profundas. Decerto, sem sombra de dúvidas, ambos, humanidade e mundo, criados por Ser soberano e único.
Cercados de extremas exatidões matemáticas, somos esses tais seres humanos trazidos aqui vindos de não sei ainda onde e guiados não sei ainda aonde. Envoltos nos mistérios e segredos de tudo enquanto, olhos postos nas estrelas ou na linha do horizonte, questionam a si e esgotam as inúmeras oportunidades que os levariam a revelar do enigma a origem, vagos sábios de mentes sombrias, que buscam no tempo o que só viverão na Eternidade.
Esses autores de histórias impossíveis apenas habitam o solo que lhes colherá as sementes de novas gerações. Heróis anônimos das próprias lendas, narram fábulas de gigantes milenares e sofrem fantásticas visões ao sabor dos sonhos, escravos e senhoras das interrogações pessoais. Sabem que são meros alienígenas que retornarão aos céus e aguardam as naves que virão sob imensa tempestade. e que lhes sofrerão de saudade maior que o firmamento que a tudo envolve.
Por isso, passageiros da agonia e do tempo, trocam de papéis cientes de guardar na alma o senso dessa revelação que virá, passados que sejam os dias e as horas, fiéis ledores da sorte nas portas do Infinito. Os profetas e os santos, no entanto, já avisaram que nada estará de todo perdido para sempre, disso eles têm certeza.
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