Os dramas, as angústias; medos, desespero; luas, humores; peças do território desta vida, apenas trocamos de roupa e de leve fugimos de nós mesmos, tais bichos ariscos e largados no universo absurdo que deixaremos de ser tão logo revelemos a consciência. Foram muitos por inteiro dos céus que frequentamos nas sequências deste modo de aprender que a Natureza oferece dias e dias, meras dúvidas e repetições que sustentam as vaidades e alimentam o desejo de continuar sem limite. Criamos o jardim das delícias dos sentidos e neles maneiramos mágoas e queixumes, vórtices apaixonados de prazer e apetites. E refazemos os sonhos no objetivo de achar a porta de sair dos dilemas e frustrações. Nutrimos leis, deveres e relacionamentos. Nisso largamos as cascas e os corpos na lama das horas, mergulhamos apreensivos no saber a que viemos acender luzes e, por vezes, nem nos apercebemos que o tempo desmancha no ar as notas da presença do passado que nunca mais voltará, e o futuro é agora.
Doces ausências nós o somos, camadas superpostas das dimensões a que alçamos, pouco a pouco, duendes saltitantes nas florestas do conhecimento escondidos debaixo dessas quantas camadas do ser que em nossas mãos solicita a força de todas a maior, de habitarmos a intensidade e aguardar a certeza na semente de fomos dotados desde o princípio de Tudo.
Doces ausências de nós mesmos, somos nós. Esquecemo-nos muitas vezes de nossos próprios valores. O que não deveria ocorrer, mas acontece. Parabéns pelo texto e também pela colagem.
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