Que contrapor face aos desvarios deste mundo esdrúxulo? Dar faces no abismo sem perder de vista o valor da gratidão? Aceitar de bom grado as garras do destino, as latanhadas de feras, dos erros; pesar e medir, e nunca jogar os pés pelas mãos. Exercitar princípios da exatidão e da crença na justiça que em tudo prevalece. Um dizer contido nas marcas do sentimento, rasgos de dragões pela alma; saber que ninguém viverá longe dos olhos do Ser maior e presente no Universo inteiro.
Agora, essa leveza no interior das pessoas que padecem os traumas da amargura e sabem que têm de sobreviver perante o trilho deserto de tanto suor e sofrimento. Ali nuvens escuras cobrem esse fio azul dos olhos e pedem contribuição da inesgotável paciência. Procurar palavras no dever da conformação, entretanto respeitando que existem as vestimentas de quem padece sozinho e só eles devem sentir e transcender as dores deste mundo.
Saber suportar o silêncio nas transições de nossa evolução a níveis superiores, convicções entranhadas de resistir aos desafios e às provas. Domar os sentidos machucados ao jeito de santos e devotos, quase super-homens dos poderes inatingíveis. Ouvir palavras da misericórdia quais lágrimas de humildade e certeza nos dias bons logo a caminho, aonde seremos todos iguais nas bênçãos de novos Céus e alentos da Felicidade.
Suportar em silêncio os momentos ou situações em que gostaríamos de falar bem alto que sentimentos. A tal resiliência vai aos poucos nos disciplinando e aprendendo a conviver com o nosso silêncio. Parabéns! Belo texto!
ResponderExcluir