Os candidatos gastam em profusão,
dois meses e poucos dias do pleito, querendo impor a qualquer custo, no grito,
suas mensagens repetitivas, sobretudo junto à grande população. Talvez porque
lhes disseram que deveriam lavar a consciência das pessoas nas técnicas de
massificação deseducadas e perversas da atualidade.
Nesse jeito ditatorial e
compulsivo de angariar votos bem se pode perceber o nível de educação das
lideranças que despontam na sociedade tecnológica onde agora se vive.
Qual ideia fazem do povo os candidatos
que adotam essas máquinas infernais de propaganda e as lançam nos campos, vilas
e cidades, agredindo a todos, na maior sem cerimônia, em desrespeito aos
costumes civilizados? Será que pensam ser o modo
correto de transmitir seus nomes e programas, olhos e orelhas dos outros
abaixo, na sonhada renovação política de que tanto carecemos, cada vez mais,
para construir a nação que se deseja? Quanta falta de senso dessa
gente! Quanto equívoco e nenhuma sensibilidade! Depois, que autoridade existirá
de quem exemplo não deu aos cidadãos que os escolheram, utilizando esses
métodos pouco recomendáveis?
O que eles dirão aos utilitários
dessas mesmas empresas barulhentas, quando quiserem coibir os abusos
continuados, a predominar sobre o direito da paz pública, ora registrados em
todo canto?
Saber que cidadania envolve
coerência é coisa elementar. Vamos unir, pois, todas as nossas energias e
modificar essas coisas de pouco respeito em que se transformou a política
brasileira. Devemos marcar com vontade o espaço que nos cabe junto das
instituições.
Existem prerrogativas na defesa
dos interesses individuais e coletivos, quais a vida, a liberdade, a
tranqüilidade e tantos outros. Quem tutela tão valiosas ações se chama
Ministério Público, o fiscal da aplicação da Lei, através dos promotores e
procuradores, instância de guarnecer a sociedade contra também os ilícitos
desse tipo penal.
Despachar maus políticos
tornou-se, por isso, a contingência do momento, na fixação dos limites claros
de nossa paciência, antes que eles resolvam asseverar mais ainda os já graves
problemas nacionais, estaduais e locais.
Pelo sintoma se combate a doença.
E por detrás dessa mídia agressiva dos carros de som que infestam as avenidas,
desponta o equívoco dos seus autores à procura de voto. Bom momento de lhes dar
o troco e afastá-los, de uma vez e para sempre, das cogitações eleitorais de
todos os tempos.
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