terça-feira, 24 de julho de 2012

Campeões do barulho


Os candidatos gastam em profusão, dois meses e poucos dias do pleito, querendo impor a qualquer custo, no grito, suas mensagens repetitivas, sobretudo junto à grande população. Talvez porque lhes disseram que deveriam lavar a consciência das pessoas nas técnicas de massificação deseducadas e perversas da atualidade.

Nesse jeito ditatorial e compulsivo de angariar votos bem se pode perceber o nível de educação das lideranças que despontam na sociedade tecnológica onde agora se vive.

Qual ideia fazem do povo os candidatos que adotam essas máquinas infernais de propaganda e as lançam nos campos, vilas e cidades, agredindo a todos, na maior sem cerimônia, em desrespeito aos costumes civilizados? Será que pensam ser o modo correto de transmitir seus nomes e programas, olhos e orelhas dos outros abaixo, na sonhada renovação política de que tanto carecemos, cada vez mais, para construir a nação que se deseja? Quanta falta de senso dessa gente! Quanto equívoco e nenhuma sensibilidade! Depois, que autoridade existirá de quem exemplo não deu aos cidadãos que os escolheram, utilizando esses métodos pouco recomendáveis?  

O que eles dirão aos utilitários dessas mesmas empresas barulhentas, quando quiserem coibir os abusos continuados, a predominar sobre o direito da paz pública, ora registrados em todo canto?

Saber que cidadania envolve coerência é coisa elementar. Vamos unir, pois, todas as nossas energias e modificar essas coisas de pouco respeito em que se transformou a política brasileira. Devemos marcar com vontade o espaço que nos cabe junto das instituições. 

Existem prerrogativas na defesa dos interesses individuais e coletivos, quais a vida, a liberdade, a tranqüilidade e tantos outros. Quem tutela tão valiosas ações se chama Ministério Público, o fiscal da aplicação da Lei, através dos promotores e procuradores, instância de guarnecer a sociedade contra também os ilícitos desse tipo penal.

Despachar maus políticos tornou-se, por isso, a contingência do momento, na fixação dos limites claros de nossa paciência, antes que eles resolvam asseverar mais ainda os já graves problemas nacionais, estaduais e locais.

Pelo sintoma se combate a doença. E por detrás dessa mídia agressiva dos carros de som que infestam as avenidas, desponta o equívoco dos seus autores à procura de voto. Bom momento de lhes dar o troco e afastá-los, de uma vez e para sempre, das cogitações eleitorais de todos os tempos.

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