Por incrível possa parecer, a
ciência sabe pouco a respeito dos danos à saúde ocasionados pelas drogas
modernas. Esse atraso ficaria por conta do desinteresse dos países ricos em
abordar de frente o problema sem que se determine a quem responsabilizar o interessa
na manutenção da ignorância sobre o assunto. De vez em quando, alguns
cientistas apresentam resultados de pesquisas, os quais ficam restritos a
grupos isolados, ou cruzadas de combate à disseminação dos vícios, tanto de
cunho religioso, quanto ligados às políticas públicas de curta duração.
A realidade, porém, indica
crescimentos dos índices de consumo dessas drogas, afetando a estabilidade
social, minando o futuro das gerações e a integridade familiar. Quer-se perceber
os riscos extremos de tudo isso nas análises dos números da violência que
explodem na atualidade.
Exceção honrosa, a BBC Brasil
divulgou na Internet relatório de pesquisa publicada no Journal of Psychopharmacology, a definir que cientistas encontraram evidências de que tomar ecstasy ou fumar maconha
pode levar a problemas de memória, conclusão que desmistifica conceitos de
que a maconha seria inócua ao cérebro e validariam a sua descriminalização.
A pesquisa ouviu 763 usuários da
rede internacional de computadores, para descobrir que os consumidores de ecstasy têm problemas para lembrar de
fatos antigos, enquanto aqueles que fuma maconha enfrentam dificuldades para
lembrar informações recentes. Os participantes foram submetidos
a uma série de testes das memórias de curtos e longos prazos, cujos resultados
passaram por análises na Grã-Bretanha.
Daí, os cientistas concluíram que
os usuários de ecstasy estariam 23%
mais propensos a esquecer coisas do que os que nunca tomaram a droga, e que o
aumento na tendência ao esquecimento dos que fumam maconha é de 20%.
Além dessas constatações,
estudiosos identificaram que os citados consumidores participantes do universo
pesquisado tinham tendência maior a cometer erros.Da matéria divulgada da BBC,
consta que o Dr. Jacqui Rodgers, da Universidade de Newcastle, havia dito que a diferença, apesar de marginal, é
significativa e preocupante. E que causa
igual preocupação o fato de que não sabemos quais são os efeitos a longo prazo
do ecstasy, acrescentou.
Espanta, pois, que a civilização detentora
das maiores conquistas nos campos do conhecimento insista reclamar mais tempo
para estabelecer a periculosidade de substâncias prejudiciais à biologia
humana, enquanto persiste com gastos inestimáveis na busca das lonjuras
infinitas da corrida aeroespacial.
Tanto o desinteresse em estudar os malefícios das drogas quanto as pesquisas aeroespaciais servem ao mesmo fim, fazer funcionar a máquina do capital.
ResponderExcluirTalyta,
ResponderExcluirAssim correm os dias... Há sempre o que aprender e ensinar de tudo isto.
Abraço de Paz.