Dissemos isso também no que tange às manias e dependências ao açúcar, ao álcool, fumos e drogas outras, no ponto de vista só materialmente. No que diz respeito aos aspectos psicológicos, nem pensar. Drogas de largo curso, desde as especiarias que antigamente iriam buscar no Oriente, pelo Caminho das Índias, a dobrar o Cabo da Boa Esperança. De lá vieram ópio, maconha e outros estupefacientes.
Destarte, custos da experiência dolorosa das prisões por vezes, surgem as posses sentimentais, carnais, patrimoniais. Escravos das fraquezas, oferecem ao cepo liberdade, a troco do prazer que esvaia nas cinzas do tempo. Vendem a alma nos variados campos das vivências; negociam a fome pela vontade de comer. Largam honra, dignidade, sentido de viver com sabedoria, pelos chamamentos desencontrados da comoção, corrupção, da fama, do imediato, o reino pelo prato de lentilhas, de Esaú e Jacó. A que ídolo acender tais velas, aonde deixar as carcaças e os sonhos vazios...
Quase que em resumo de vidas e vidas abandonadas no beco da inutilidade sem conta, a epopeia dos guerreiros demonstra o princípio de pagar o preço da fantasia, no decifra-me ou te devoro das estradas humanas.
Porém nem tudo significa só o vazio das ausências, conquanto existam aspectos positivos no senso das criaturas. Ainda que vítimas da incúria dessas farras descomunais, vez por outra, mereceram dos filósofos a classificação de Hedonismo, ou o prazer como estilo de vida. Muitos dos que o praticam sabem que todo efeito tem uma causa, e se jogam de corpo inteiro às consequências amargas.
Em contrapartida, existe também o Estoicismo, que se caracteriza por uma ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade.
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