Fôssemos rever, porém, os códigos abandonados das antigas civilizações, acharíamos nossos iguais a trabalhar o esforço das bibliotecas de argila, couro e papiro, nas grandes navegações do espírito às interrogações de sobreviver ao infinito das esferas. O porquê de tudo isso ora esbarra nas máquinas elétricas e nos cabos submarinos espalhados mundo afora. Olhos postos nas letras, perguntam os humanos do jeito semelhante das cavernas e das catedrais, donde viemos, o que aqui fazermos e aonde chegaremos quando tudo acontecer e simplesmente desaparecer no mistério.
Na ânsia febril de reconhecer o território em que pisa e descobrir as razões de trocar tantos sentimentos de gerações e gerações perdidas, resignamos aos desejos de aceitar, apenas viver uma forma de seguir o que a vida impõe, sem maiores dúvidas de que ao Nada nos conduz, a correnteza dos acontecimentos. Admitir essa falência das ideias em nome da sobrevivência do Ser, enquanto adormecemos sob as lâminas de aço das ilusões e sofrer do desvario das ausências. Bom, caso outros encontrem as ruínas desta civilização, dirão somente que houve um povo feliz vivendo no Tempo, o solo fértil onde plantamos e, inevitavelmente, colheremos as certezas inevitáveis do Destino para sempre.
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