Voltemos ao título, fiapos de nada, que representa essa disposição daqueles entes na firme intenção do desapego de um dia, enquanto que outros insistem à porta das dez mil coisas vagas, os elementos do desejo, que só ao nada levariam.
Buda expressava de jeito claro nascer o sofrimento do pensamento, a fonte de criar os desejos. O freguês anseia no prazer pelo prazer, esquecido das estações da insatisfação, porquanto impossível realizar tudo aquilo que vem na mente e se desmancha sempre. Exemplo disso, querer a perene realização do apego à juventude, à saúde e à imortalidade, quando apenas duram no decorrer de alguns anos. Em consequência, diante da irrealização do desejo, surge a dor. Até chegar a compreender isso demora vidas e vidas, na borda de uma Eternidade constante.
Qual assim, os fiapos que nos prendem ao nada são frágeis amarras ao tempo que flui, fase contada de aprofundamento na compreensão que irá libertar das fagulhas e das horas vagas. Porém a conquista desse conhecimento exige maturidade individual e persistência.
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Nas epopeias das tantas oportunidades se deposita a evolução, estrada do progresso rumo ao eterno. Esse mergulho dentro da consciência desfaz a materialidade e desvenda o essencial, que alimenta vir à tona, sonho das gerações. A cada um a chance de aprimorar a caligrafia do Destino e escrever o código de todo mistério das filosofias e religiões, na alma da revelação de tudo quanto há que seja.
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