A busca das religiões, das filosofias e dos sonhos, reúne isto de lá um dia abrir as comportas do mais íntimo da gente e despertar definitivamente aos olhos da Terra Pura, de que falava Buda. São passos ante passos diante do Infinito, portas abertas à Graça divina, o que de nada dependeu tão só dos místicos. Pouso da real felicidade, todos querem, porém raros desvendam o segredo universal a que vão por vezes de olhos fechados, quais mariposas à procura da luz desse Universo.
Tudo, afinal, resume o bem de clarear as próprias sombras, na certeza de haver lógica profunda no que viver nas pobres malhas deste mundo. Juntar gravetos de floresta escura numa fogueira que iluminará o trilho da percepção. Palavras ditas em momentos críticos, pensamentos de ânsia e sentimentos macerados nas dores da solidão, assim vamos nós os buscadores dessa luz mantida a sete capas no oceano da História das criaturas.
Face ao desejo de revelar a si mesmo aquilo que viemos achar pede oração de clamar aos abismos o sol da conformação, do perdão, da paz dos acontecimentos diversos e contraditórios. Aos olhos do momento, enquanto o coração treme de susto perante as dúvidas e dores, os parceiros dos fragmentos das coisas da vida, mesmo sabendo o quanto resta percorrer de sacrifício, vamos nessa linha estreita entre o Tudo e o Nada, o passado e o futuro, nas luzes dos elementos naturais. Guardadas, pois, em si as alternativas de renunciar aos apegos materiais, no deserto da alma existe a tal porta da Imortalidade.
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