quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Noites impávidas

Esses tempos só de luta, horas mil de aflições e dúvidas, mais de ficção de horror que das doces comédias dos antigamente quando a humanidade atravessava turnos de egoísmo, interesses exclusivos de poderosos, diante dos sóis menos quentes. Horas de incertezas, águas turvas e feras assustadas, no entanto das largas perguntas quanto aos motivos de aandar aqui, cidadãos do Infinito. - Senhores de longas histórias, a quê viver tudo isso face ao desconhecido?

Estradas abertas a todas as possibilidades, nos resta o sentido de aonde chegar perante as ásperas montanhas lá dos céus. Somos eles, os argonautas, caçadores da arca perdida, conquistadores de mares abertos em nós, a alma da consciência, detentores da Criação maravilhosa. A própria resposta viva dos séculos, eles, os gladiadores do depois.


Sequiosos, pois, do encontro consigo mesmos, a nau sem rumo parece viajar na deriva, contudo plena de razões de ser, mostra das cores do futuro e sinais de salvação. Horas mil de ficções inevitáveis, certezas da pura incerteza, a significar a razão principal de andarmos no frio invisível das horas ao som do silêncio absoluto. Sujeitos das visões do Paraíso, assim tangemos o rebanho dos dias feitos abandonados dos esquecimentos.

Bem isto, a existência dos humanos, indagações em forma de alimárias do destino. Sacudidos pelas águas turvas do furor das gerações, meras fagulhas dos pulsares e quasares, arrastamos pés na lama e na poeira da jornada ocasional da vida, e chorar e rir e preservar o nada ao sabor dos acontecimentos. Indagações abertas do esquecimento, escafrunchamos a lata do lixo cotidiano e nutrimos de sobrevivência os trapos que, farrapos, passam ao vento. 

Centremos nisso, nessa interrogação, de porta em porta, os planos das civilizações, e daí cuidemos de achar no coração a resposta definitivamente. Perlustrar a securas dos calores e o drama dos insetos da forma clássica de viver com honra e seguir o mistério da fé soberana. Tenhamos paz, alimentemos amor na trilha dos bárbaros e sejamos Um enquanto as luas se sucedem no íntimo das pessoas.

Um comentário:

  1. “ Alimentemos amor na trilha dos bárbaros” , busquemos pelo menos a paz na ausência do amor. Sem perder de vista a compaixão e sensibilidades nestes tempos tão estranhos, muito estranhos.

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