Esse raciocínio vem daquele gesto insano de uns quererem julgar ou outros, ou de ser injusto consigo próprio. Da atitude leviana de jogar lama naqueles que desconsideram. De perder a paz ao esquecer o valor de uma consciência limpa.
Antes de quaisquer avaliações filosóficas, lembrar de que nada ou quase nada já se saber do poder que nos deu origem, da fonte maravilhosa que nos trouxe até aqui nesse movimento incessante de viver. E andamos nos astros a pisar, quais na música, distraídos, feitos feras indomadas. Caminhamos nas estrelas do Infinito quando ainda nem almas sabemos ser, no entanto agindo sem cessar graças à exatidão matemática do equipamento biológico que somos.
Daí, graças a tudo que possuímos ao nascer, valemos tanto e tão pouco. Trabalhamos os dias nas nossas ações feitos aprendizes de nós mesmos, por vezes até sendo incompatíveis diante do tanto da perfeição que movimentamos, porém esse poder de extrema perfeição que o somos nem sempre vimos de merecer o suficiente o quanto temos condições de produzir.
Jogados, pois, num tabuleiro de liberdade sem fim, agimos ao sabor da nossa vontade e traçamos planos e metas na viagem cósmica dos dias sucessivos. Parar e admitir que estejamos em processo evolutivo quase nunca significa grande coisa às mãos desses anjos de metal em que nos transformamos ao sabor das contradições humanas.
Fica evidente, contudo, que há nítido significado nesse mecanismo de viver, de elaborar a herança que viemos buscar. Longe maiores esforços, qualquer um há que admitir a importância de ocupar corpos tão refinados e possuir a chance de conduzir o barco individual aos mares abertos de sabedoria, criatividade e progresso. É nisso que implica o valor da existência pessoal, conquanto não somos, pois, apenas meros joguetes nas ondas dos céus
Persiste imensa responsabilidade no investimento da Natureza que carregamos conosco e haveremos de responder com exatidão pelo destino do que realizemos ou deixemos de realizar.
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