O ímpio recebe pagamentos enganosos, mas quem semeia a justiça colhe segura recompensa. Provérbios 11:18
Ao chegar da escola, ainda contrariada por causa de alguma ação das colegas, tratava de procurar a avó na busca de conforto. E mais de uma vez ouviu essa história que gravaria pela vida afora:
Próximo de um vilarejo distante morava pedinte que, vez em quando, vinha ali a mendigar o sustento. Sempre que recebia qualquer auxílio que fosse, repetia agradecido: - Quem bem fizer pra si é. Quem mal fizer pra si é também. – Nisso, percorria as casas e depois regressava aonde vivia sozinho num casebre no meio da mata. Assim passavam os dias e se alimentava do que lhe dessem por donativo.
Mas havia uma pessoa na vila que teimava duvidar do que dizia o velho senhor ao receber os mantimentos. Com isto, resolveu demonstrar o contrário do que com tanto gosto ele afirmava. Certa feita pegou uns pães e neles aplicou forte dose de veneno. Tão logo ouvira o petitório do homem, cuidou de oferecer de esmola os pães envenenados.
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Há pouco vindo da povoação, o ancião escutou, desde a mata, gritos aflitos de criança. Eram dois garotos que tinham se perdido nas imediações. Correu na direção dos gritos e trouxe os garotos até seu humilde casebre. Daí quis saber de quem se tratavam. Para surpresa, eram filhos da dita senhora que naquele mesmo dia oferecera os pães adulterados.
Alegre por saber pertencerem a família sua conhecida, o homem acalmaria as crianças fatigadas e lhes ofereceria alguma refeição, cabendo, então, por fatalidade, exatamente os pães que recebera da mãe deles. Pediu que ficassem aguardando, enquanto voltou à vila e trouxe consigo a senhora já feliz de localizar os filhos. No entanto, qual não foi o desgosto de acha-los exangues, vítimas fatais do que armara na intenção de provar a inexatidão do que o pedinte tanto afirmava: Quem bem fizer pra si é. Quem mal fizer pra si é também.
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