Mãe de tantas filosofias geniais, lhes restam exercitar o senso de renúncia aos apetites imediatos. Estradas longas essas do tempo. Alimárias impertinentes, golpeiam de dúvidas as poucas certezas mais seguras e os meios de que utilizam nas viagens interplanetárias em volta do eu imenso das vaidades e dos apegos. Vez em quando alguns laços desgarram alguns no espaço infinito da santidade, entretanto testemunhas que pesam sobre os que aqui deixaram abismados, espécie de cordeiros levados ao sacrifício dos deuses distantes lá longe nas embocaduras do mistério.
Naquelas ocasiões, regressam às cavernas, munidos de ossos amarelados guardados na caixa das adivinhações e perguntam sempre as perguntas rigorosas de onde viemos, que fazemos agora e aonde iremos nessa longa jornada a astros incandescentes. Em que mundo, em q'estrela Tu t'escondes embuçado nos Céus?! Todavia de algo têm forte convicção, ninguém veio a semente... Carregam o instinto da sobrevivência no ser das grandezas e do Infinito cósmico.
Afeitos, pois, aos dramas do horizonte desconhecido, vivem às turras com os demais, na ânsia de poder e de domínio das outras criaturas semelhantes. Querem chegar à frente, sem conhecer nem a que lugar onde ir quando chegar nesse pouso inimaginário. Homem, esse bicho desconhecido rumo aos sóis desconhecidos da visão e do coração.
Munidos da procura sob a qual criaram seus amores, as caravanas sem par deslizam no deserto das horas e velam os ventos das existências, olhos postos nas dobras que alimentam os passos e sujeitam aventuras intermináveis.
Nossa, este texto é rico e forte como poucos. Real, filosófico, mas um pisar no chão com força total, e redefinir um rumo das coisas. É um chamamento a reflexão, a condição de humanos capazes ou incapazes de ver definição das decisões e você que rumo dar a vida, as ações, ao futuro, ou se espera pelo que não ficou de vir. O homem, este bicho de coração vulnerável, que sofre, que sangra mas não sabe qual estrada a pegar. Vem a tal da encruzilhada, razão e emoção, das escolhas e suas consequências. Ou destino cruel, a resiliência se faz necessário para superar, ou conviver com o ser ou não ser eis a questão. Que texto maravilhoso! Rico, profundo, uma maravilha! Parabéns! Um grande abraço Emerson Monteiro.
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