Dizer na voz das circunstâncias, nos sonhos, enquanto há paz que alimenta o canto das aves durante as horas frias das manhãs. Saber que o labirinto tem portas e uma delas conduzirá ao campo da libertação. Correr cada canto da existência na condição de vencer as distâncias e chegar no dia da conciliação consigo próprio. A pauta dos credos e o silêncio da consciência.
As barreiras das limitações humanas jamais impedirão de achar o destino absoluto de tudo quanto existe diante do Sol, porquanto as peças do imenso Universo a isso conduzem, numa certeza de perfeição. Os vagões percorrem os trilhos e as horas se sucedem sempre. Meros instrumentos de nós mesmos, tocamos aqui árias de transformação. Uns distantes, outros próximos, experimentam o sabor inesquecível da experiência.
Perante o Tempo, essa fagulha inextinguível da Eternidade em que habitamos e tudo habita, exercitamos papéis da verdade eterna de que somos depositários face a face com a individualidade ímpar de merecer existir. Ser além de saber; praticar o que souber. Revelar de si a luz. Permitir a manifestação do Poder através da individualidade que somos nós. Habitar o teto do mundo que nos espera. Salvar a si na forma das atitudes.
O fio de ouro que une as existências também atravessa o ser que nós somos. Ninguém vive sozinho, porquanto esse motivo principal a todos reúne e indica os caminhos a seguir. Resta apenas estender as mãos e abraçar o Infinito.
Abraçar o infinito. Profundo. A conjugação eu sou...nós somos, eis a questão. Nem sempre nos somos, o mundo é muito individualista, e a cada dia ficamos mais distantes. Não falo no aspecto físico, refiro-me a sensibilidade de perceber o outro como parte de nós, no sentido amplo da vida. E nisso o sr . é mestre. Parabéns pelo texto, pela sua capacidade de se por no lugar do outro. Ainda que para isso tenhamos que fugir um pouco de nós. Bela foto. Impressionante! Caminha junto com o texto.
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