Qual querer doutras horas de instantes de menos culpa nas dores dos partos e nos lamentos. Enquanto isso, pássaros voam, fazem ninhos, cantam nas madrugadas; falam do Universo à casa das criaturas humanas. Acordes e sons desesperados; só os olhares aflitos quanto ao que virá depois, depois de quê? Sombras que passam. Desencontros de sentimentos em fúria. Pensamentos. Nuvens de flores. Ah, quanta reivindicação ao poder da infinita vontade.
Deu no saco as histórias surradas das novelas e dos cruzamentos do inesperado com o ausente. Muitas foram as festas, os tronos e reinados diluídos no tempo. Marcas e cicatrizes espalhadas na pele deste solo de tão pouca responsabilidade no uso dos bens da Natureza. Nisso, mudam o clima, as marés, as migrações das aves aos polos. Formigas impacientes carregam as folhas partidas sem saber nem mais a que vão. Trabalho a quê, à sobrevivência de quê? De quem?
Uma série dessas interrogações invade, pois, o teto das angústias dos animais que vagam ali no pasto. Acham que chegarão um dia a algum lugar. Mas seguem assim à força de continuar. Salivam discursos e mordem a carne das línguas. Riem a bandeiras despregadas, vistas turvas e sal debaixo das pálpebras. Vão que vamos todos ao lugar de um dia regressar, mecanismo das inexistências nacionais. Nisso, colher a semente boa de plantar esses dias de setembro de algum dos séculos que esfacelam o presente nas muralhas do futuro.
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