Isso dos seres que nós somos, a deslizar nas pautas das cantigas, melodias do tempo, em forma de gente, quadros incontáveis de verdades eternas ainda por concluir. Junto delas, essas impressões que desvelam da visão comum seus personagens, as falas, os lugares. Cantos de pássaros, expectativas e sonhos. Brinquedos da criança traquina, filha dos deuses, que somos, peças e joguetes de ondas e ventos, parceiros do destino intrépido de naus e estrelas do horizonte longínquo.
Na fresta dessas ocasiões tão inevitáveis, ressurgem olhares das certezas do quanto é bom viver, construir e reconstituir os filmes da consciência através de formas e luzes, atores audazes do desconhecido. Às vezes que nos vêm à ponta dos dedos, destarte, inúmeras oportunidades se nos oferece o barro da existência e resta construir dessas horas os elementos de cura. Somos, por isso, os artífices das estações seguintes, sinfonia de possibilidades, nos planos do para sempre. Acalmo, pois, as moléculas do sentimento e busco aqueles amores jogados fora; faço do clima as horas em novas circunstâncias bem mais visíveis, conscientes e libertárias.
Amores jogados fora, isto é o que mais nos revolta. Mas às vezes as circunstâncias e as pessoas nos levam a outra direção. Mas sempre existe um atalho, uma saída para reconstruir o que achamos que perdemos. Às vezes nem foi perda, foi ganho.
ResponderExcluirGostei muito do seu texto cada vez mais ricos em enredos e palavras. Amo o que vc escreve apesar de nem sempre conseguir assimilar a essência do que você escreve porque vc escreve sob metáforas. É às vezes não consigo entender bem a mensagem em sua totalidade, mas só em ler já me faz bem.
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