quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Câmara e cadeia, livro de Franklin Carvalho

Boa ficção; que houve um tempo quando denominavam tal estilo deste livro de ficção científica; boa ficção científica, assim se pode dizer de um livro no estilo deste. O autor desenvolve histórias instigantes, viajantes, saborosas, de mundo daqui e de lá ao mesmo tempo, em locações conhecidas de Nordeste futurista, de Bahia, Salvador, jamais desaparecidos. Texto correto, bem cuidado, a refletir vivência jornalística, historiográfica e policial. Sabor por demais próprio de quem realiza aquilo a que se propõe num clima de mistério e emoção de mexer o âmbito da imaginação e transportar ao universo dos contos qual regente de estranhas sinfonias estabelecida em clima de gênio. 

A literatura dos rincões interiores, solitários andantes dos reservos de outras aventuras que não os mistérios diários dos livros dagora, traz conteúdos inigualáveis, semelhantes ao de que nunca se esperou viesse à tona depois de tantos narradores espalhados neste chão de quantas histórias. E Franklin Carvalho obtém êxito no em que de ouvir estrelas decide transformar sabores em mística e apreensão, estonteante e bem versado, numa surpresa de autoria há tempos pouco encontrada na praça.


Recebi sob expectativa bem sucedida este trabalho vindo da Boa Terra, e festejo nestas palavras a ação cinematográfica da intenção literária da Scortecci Editora, do autor também jornalista baiano, escritor e fotógrafo.

Seus contos remontam épocas adiante no tempo, alguns; outros, de fases atuais, fruto da facilidade em dizer e criar tramas de quem reflete disposição em revelar talento ideal ao ofício que abraça nessas páginas, que me conduz de volta aos recantos da Bahia onde vivi horas estimáveis para sempre. 

Outro dia, pude ler os originais de novo livro de Franklin, o que de certeza  construirá novas felizes realizações das de Câmara e cadeia. Aguardo, pois, chances de usufruir de oportunidades iguais à boa leitura que ora comento aqui.

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