quarta-feira, 9 de maio de 2012

Os milagres da existência


Independentes do credo que se professem, as evidências impõem afirmações qual a mais meridiana observação, no reino dos acontecimentos da Natureza. A cada minuto, fatores isso demonstram, no poder soberano da Criação infinita do que alguns acham por bem chamar de Deus, em todo quadrante das circunstâncias. A própria ciência, quando chega nos limites das pesquisas quanto ao princípio original de tudo, baixa a cabeça desconfiada, mais por falta de alternativa do que pela percepção, e diz que daí em frente existirá o Desconhecido, outro nome a que resolveram preencher, destinado ao Ser Superior do Universo, e chamar o Ser Desconhecido.

Aonde se queira voltar atenção, aí residirá o dedo misterioso do Poder. Desde a luz dos olhos, quanta maravilha domina o construto da Eternidade. Dirigir a cabeça numa direção, abrir as vistas, colher e decodificar com imensa perfeição o domínio daquele lugar, a visão das belezas, quanto dom ao dispor de qualquer criatura, do homem a outros animais menos festejados.

Na sequência, os sentidos. A audição, o som no correr dos ventos, em aventura a todo lugar, propiciando às individualidades o perceber das manifestações pelos ouvidos. O sabor, na gustação, motivo principal dos alimentos. A nutrição que chega aos organismos, e, por cima, traz prazer de degustar favores multiplicados, rios diversos a persistir na vida entre os seres, meio aos fatores dominantes nos reinos mineral, vegetal e animal, pelo caminhar das estações e das idades.
 
O tato, o tocar da pele que fala e demonstra continuidade nos objetos e outros elementos circundantes. O olfato, o cheiro das percepções, o perfume, as flores, o verde, a primavera, o estio, o inverno, os frutos, as cores, o frescor das horas e as histórias das eras, na crucial da efervescência e da vida.
Sem maiores esforços, a cada detalhe um milagre na luz do dia, na temperatura, que uns graus a mais ou a menos impediria a probabilidade do aqui deste planeta vagando nos céus sem eixo ou peças que possam substituir as desgastadas. Galáxias, astros, o Sol, a Lua e as Estrelas. Gestos de Ser que assina o quadro sem nada cobrar na troca do equilíbrio.

E o pensamento, o que dizer dele? A fala. As palavras. As atitudes das pessoas. A força da gravidade. O tempo, autoria de relojoeiro tão correto que nem combustível ou energia utiliza na propagação das espécies dos planos de todo momento. O sentido inigualável das emoções e dos valores. O Amor, enfim, amálgama que solda numa peça única a barca da dez mil coisas, vagando no trilho do firmamento, conduzida ao fulgor das evoluções desse Maestro primoroso que permite o crescimento de tantos e tantos milênios, exata proporção de bondade e magnitude.  
  

Um comentário:

  1. Indefinível, pelo parco costume de ler que tenho, em tão poucas e inesquecíveis ocasiões pude viajar e ir tão alto num texto de poucas linhas, garanto a quem quiser a fiança que esse texto pode ser dito que vale um livro, vale uma biblioteca de saber da existência, por isso e não precisava mais é que nutro a tempos admiração e sentimento fraterno pelo autor.

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