Ninguém foge de si mesmo. Porém aonde ir que não seja ao sumidouro da ausência, quando lá estaremos na certa. Conclusões nítidas face aos céus da alma da gente, avaliações por demais necessárias a que cheguemos à conclusão definitiva da importância de existir. Conjugar todos eles os tempos na primeira pessoa, vez que de olhos no universo o Tempo alimenta o presente na máquina de contar segundos e sustentar as colunas de tudo a desmanchar sem chance alguma de dominar o momento.
Assim, passa aos olhos o circuito inextinguível de
acompanhar nossas ações e seus resultados, as ações da Natureza pelo
visor dos acontecimentos. Nós, de tão pequenos a tão grandes, por contar essa
virtude da presença e de ter consciência a escorrer no caudal, aparecer e
desaparecer na tela de uma nossa mente contínua. Vítimas e privilegiados, pois,
no único ser que o somos e deixamos de ser em seguida enquanto iscas incessantes
de transformar sonhos em realidade, nesse túnel que liga passado e futuro e que
nos engole devagar pelas suas células das entranhas.
A quantas anda, portanto, o destino, essa casa constante que
domina e que a ela nos rendemos sem qualquer alternativa senão dominar a um só
tempo a dor e o prazer. Escafandristas de nós, por isso invadimos territórios e
distâncias, e mergulhamos nesse mar sem fim, estonteante, escravos e senhores
da própria sorte, de olhos postos no Infinito da história que constróe sempre novas
saudades e novos amores. Daí, sermos todos meros vazios em preenchimento no
decorrer do mistério que ainda de longe ignoramos o que resta.
Quando ouvimos o que contam de outras horas, de outros
lugares, outras dimensões, alargamos as horas da imaginação e persistimos de continuar
feitos autores de roteiros adormecidos aonde desaparecem luas e sóis. Pedimos
de nós a paciência de que tudo isto dará aonde nasce a esperança e fé, e viveremos
a nós mesmos numa longa espécie em evolução.
Deixar, contudo, que flua esse pulsar do Tempo no íntimo das criaturas, eis o modo prático de escutar a voz do silêncio e dormir o sono solto das certezas de que, logo ali adiante, reviverá na paisagem.
Permita-me fazer uma pequena alteração no seu texto:
ResponderExcluir" de logo adiante permanecer na paisagem que virá:!
Permanecer, em vez de desaparecer....
Grato. Abraço.
ExcluirAbraços ...
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