Há tantas fases da vida pessoal e da vida coletiva se torna imprescindível admitir que as telas negras em volta, ampliadas pela ótica dos meios massivos de comunicação, causariam muito mais estragos não fosse a capacidade humana de tirar por menos e oferecer instrumentos de revisão dos panoramas impostos pela indústria da miséria humana. Essa atitude mínima pode encontrar seu lugar entre as providências necessárias diante dos desafios trazidos à tona pela carga de aprendizado que todos aqui nos achamos, nesta escola de mundo, para guardar e em seguida por em prática.
Perante todas as épocas da história aparecem os fatores escuros e os claros, ao jeito de cada gosto de olhar e operar dos elementos em pauta.
Ninguém que seja deve permitir, em seu âmbito de consciência, que nuvens negras toldem a visibilidade, com relação ao andamento dos acontecimentos, sob pena de empanar a visão posterior dos próprios passos, daí a urgência de comando na seleção daquilo que se deseja sadio, no decorrer das decisões.
A seletividade, portanto, impõe-se nos dias atuais qual forma vital de providência no sistema das escolhas, ainda que outros despejem no mercado pontos de vista às vezes só sensacionalistas, dirigidos aos interesses particulares do lucro cego.
O ser humano é quem dá sentido aos objetos e às ações da natureza, poder crescente, desde que usado com vasta sabedoria. Que riscos possam impor condições e cuidados, disso não cabe apelação, porém o lugar de pisar cabe a cada caminhante.
As paixões da sociedade injetam maneiras novas de orientação, disso restando nenhuma dúvida, porquanto as disposições inteligentes abrem amplos espaços na floresta de obstáculos da existência, facilitando sobremodo a perspectiva do viver prudente, em face de todas as épocas. Quem calcula o peso das coisas será capaz de responder em tempo aos valores daí decorrentes. Diz o povo que quem tem olho fundo chora cedo.
A característica marcada dos tempos dagora, pois, nada mais indica do que fase quando a tecnologia oferece recursos inavaliáveis, aumentando o conforto, a chance de produção ampla de riquezas, permitindo dilação do prazo de sobrevivência, numa democracia inigualável, durante longos milênios de lutas e pesquisas.
Por isso, nunca antes houve as possibilidades modernas de conhecer de tantos assuntos e poder desempenhar papéis justos no palco da real felicidade, no melhor dos cenários, com recursos da construção interior das criaturas, quais exímios pintores munidos de tela limpa e belas paisagens à frente.
Grandes mestres, de várias horas, refletiram a digna resposta quanto ao sabor do inútil das coisas dispensáveis, facilitando os métodos da coerência na contenção das sensações dolorosas do ser. A angústia que caracterizou períodos filosóficos e religiosos quer-se agora ausente de menor sentido, para caber aos viventes ampliarem o senso da felicidade, otimizando ao máximo o direito à paz de coração em superposição aos impulsos instintivos dos traumas mal resolvidos.
Saber-se fértil no ato de produzir imagens claras de saúde e virtude reveste-se de doutrina renovadora dos valores, no rio permanente do tempo, num flagrante salto de qualidade sempre aguardado, naqueles que aprenderam a lição das escolas.
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